O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de outras moedas principais, caiu nesta sexta, após altas recentes. O euro, por sua vez, avançou em dia de publicação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro, que trouxe números acima do esperado e pode reforçar o debate no Banco Central Europeu (BCE) sobre a redução nas compras de bônus adiante.

No fim da tarde em Nova York, o dólar caía a 111,06 ienes, o euro subia a US$ 1,1598 e a libra tinha alta a US$ 1,3551. O índice DXY recuou 0,21%, a 94,035 pontos. Na semana, o DXY subiu 0,76%.

A Western Union comentava mais cedo em relatório que hoje a moeda americana ajustava ganhos após atingir máximas em um ano, mas ainda assim caminhava para sua melhor semana em meses, enquanto o euro, a libra e o iene reagiam após tocar mínimas em 2021.

Na agenda de indicadores, o CPI da zona do euro subiu 3,4% em setembro, na comparação anual, acima da expectativa dos analistas. A Capital Economics avaliou que a inflação ao consumidor da região deve atingir 4% em breve, reforçando o debate pela redução “substancial” das compras de bônus em março.

Nos EUA, o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) de agosto trouxe números do núcleo acima do previsto por analistas. Entre os dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Loretta Mester (Cleveland) e Patrick Harker (Filadélfia) defenderam o começo da redução nas compras de bônus pelo Fed em breve. Harker disse que a inflação pode não ser tão transitória quanto o antes imaginado por dirigentes.

A Capital Economics ainda comenta que a desaceleração global aponta para uma continuada força do dólar. Ela lembra que, historicamente, a moeda americana tende a valorizar em momentos de perda de impulso global ou em que os EUA crescem mais que os demais. A consultoria vê um risco crescente de que indicadores continuem a desapontar, o que sugere um período de força mais sustentada do dólar.