O dólar teve uma sessão volátil, operando no início do dia perto da estabilidade, para depois ganhar mais força. Em meio a declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, a moeda voltou a perder fôlego, mas ainda assim subiu ante outras moedas principais.

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 105,28 ienes, o euro recuava a US$ 1,2152 e a libra tinha alta a US$ 1,4113. O índice DXY, que mede o dólar ante outras moedas fortes, avançou 0,18%, a 90,169 pontos.

Em quadro de cautela nos mercados globais no início do dia, houve demanda pelo dólar. Ainda pela manhã, porém, Powell reforçou a postura acomodatícia da política monetária, sem pressa por ajustes pelo Fed nem mostrar preocupação com o risco de um avanço mais fortes da inflação.

Em meio às declarações, o dólar reduziu ganhos, mas a força foi retomada posteriormente. Em sua apresentação em comitê do Senado, Powell também comentou que o Fed avalia “cuidadosamente” a eventual adoção de um dólar digital.

O Wells Fargo afirma em relatório que espera força do dólar no curto prazo e fraqueza da divisa em intervalos mais longos. “Nós vemos, porém, o euro mais contido no curto prazo e prevemos menos força ao longo do tempo”, aponta o banco.

Nesta terça, o BBH viu o dólar ganhando “algum impulso”, com o menor apetite por risco, e a demanda pela divisa seguiu no mercado cambial mesmo ante a melhora à tarde das bolsas de Nova York, as quais terminaram sem sinal único.