O dólar operou sem direção única ante rivais nesta sexta-feira, 25, enquanto o índice DXY, que mede a variação da moeda americana ante seis pares, oscilou perto da estabilidade na maior parte da sessão, de olho em dados de inflação e consumo nos Estados Unidos. O mercado também olhou comentários de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) sobre a trajetória dos preços no país.

O DXY fechou em alta de 0,04% hoje, aos 91,851 pontos, mas caiu 0,41% na semana. No fim da tarde em Nova York, o euro avançava modestamente a US$ 1,1942, a libra recuava a US$ 1,3882, e o dólar depreciava a 110,79 ienes.

A divisa americana acelerou quedas mais cedo após o Departamento do Comércio americano informar que os gastos com consumo nos EUA ficaram estáveis entre abril e maio, enquanto o índice de preços em gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) subiu 3,9% na comparação anual de maio, com avanço de 3,4% do núcleo na mesma base de comparação.

Apesar do dado “decepcionante” nos gastos, o CIBC estima que o consumo na maior economia global pode registrar recuperação em junho e seguir nesta trajetória nos meses seguintes.

Quanto à inflação, o entendimento de que o PCE veio sem surpresas deve fazer com que o Fed ignore a leitura de maio do dado e foque na recuperação do mercado de trabalho dos EUA, segundo avaliam analistas consultados pelo Broadcast.

Apesar de adotar tom “hawkish” em relação à política monetária, o presidente da distrital de Boston da entidade, Eric Rosengren, disse hoje que a inflação nos EUA não deve ser um problema em 2022, e deve ficar apenas “um pouco acima” de 2% ao ano neste período. Presidente do Fed da Minneapolis, Neel Kashkari comunicou mensagem similar, ao classificar o avanço inflacionário como temporário.

Na Europa, o euro manteve fôlego ante o dólar hoje após o instituto GFK registrar um salto na confiança do consumidor da Alemanha em julho bem acima das previsões de analistas consultados pelo Wall Street Journal.

Já a libra voltou a recuar ante a divisa americana, ainda sob efeito da decisão do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) de manter o juro e o volume atual do seu programa de relaxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês). Segundo a Capital Economics, a perspectiva de que o BoE aperte a política monetária depois do Fed impõe risco de baixa à previsão da consultoria de que a libra ficará perto do patamar de US$ 1,40 nos próximos dois anos.