O dólar interrompeu a sequência de perdas recentes e se valorizou na comparação com rivais nesta terça-feira, após dados apontarem para a contínua recuperação da economia dos Estados Unidos.

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 105,96 ienes, o euro caía a US$ 1,1911 e a libra tinha alta a US$ 1,3378. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou avanço de 0,21%, a 92,338 pontos.

“No início da sessão, o euro ultrapassou a marca de US$ 1,20, mas esse nível psicológico foi rapidamente e agressivamente rejeitado. A reversão não é surpresa considerando os dados mistos da zona do euro nesta manhã”, explica a analista da BK Assset Management, Kathy Lien.

Entre os indicadores, o destaque negativo ficou com o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) do bloco, que recuou 0,2% na comparação anual de agosto. A taxa de desemprego, por sua vez, subiu a 7,9% em julho.

Na comparação com emergentes, o dólar se comportou de forma mista: caiu a 21,8179 pesos mexicanos, mas avançou a 74,2687 pesos argentinos. Na Argentina, o ministro da Economia, Martín Guzmán, afirmou que espera chegar a um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre a dívida externa em até seis meses.

“A mudança histórica do Fed para a inflação coloca pressão sobre o dólar não só ante moedas principais, mas também emergentes”, resume o Western Union.

O dólar australiano caiu a US$ 0,7370, depois que o Banco Central da Austrália (RBA, pela sigla em inglês) decidiu manter sua taxa básica de juros inalterada na mínima histórica de 0,25% pelo sexto mês consecutivo.