A moeda americana ficou mista frente suas principais rivais nesta segunda-feira, após uma sessão volátil. A cautela global marcou as operações no início desta semana, com operadores de olho na guerra da Rússia na Ucrânia, apostas sobre aperto monetário pelo Federal Reserve (Fed) e situação da covid-19 na China.

No fim da tarde em Nova York, o euro avançava a US$ 1,0566, a libra tinha baixa a US$ 1,2339 e o dólar caía a 130,24 ienes. O índice DXY ficou estável, a 103,651 pontos após ter atingido máxima de 104,187 pontos durante a sessão.

O ING avalia que os mercados cambiais estão realmente começando a sentir um aperto, à medida que o Fed segue em direção a um aperto monetário “agressivo” em um momento no qual os “eventos” na Europa e China estão reprecificando as projeções mais baixas de crescimento econômico mundial. “Este é claramente um ambiente de alta para o dólar uma moeda que tende a se correlacionar inversamente com o crescimento global”, afirma o banco holandês, que espera que a moeda americana siga forte ao menos pelos próximos três meses. O ING destaca que o Fed, a guerra e a desaceleração na China não mostram sinal de reversão.

A Western Union, por sua vez, afirma que o dólar permanece com alta demanda em meio a um recuo de juros crescentes dos Treasuries, para além dos temores sobre crescimento.

“O dólar começou a semana escalando novos picos de 20 anos em uma base ponderada pelo comércio, uma vez que uma série de dados fortes manteve o Fed no caminho para grandes aumentos nas taxas de juros. O euro e a libra atingiram ou estiveram perto de mínimos de vários anos, enquanto o dólar canadense atingiu uma nova baixa em 2022”, diz o analista Joe Manimbo.