O dólar operou sem sinal único nesta quarta-feira ante os principais rivais, em dia no qual índices de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de abril estiveram em destaque. A publicação foi feita para os Estados Unidos e a Alemanha, apresentando avanço na leitura, o que voltou as atenções para a postura dos bancos centrais. No caso da zona do euro, dirigentes do Banco Central Europeu (BCE) indicaram um possível alta de juros, enquanto analistas veem o Federal Reserve (Fed) seguindo seus planos.

No fim da tarde em Nova York, o dólar caia a 129,87 ienes, o euro recuava a US$ 1,0519 e a libra tinha baixa a US$ 1,2243. O índice DXY recuou 0,07%, a 103,846 pontos.

O CPI americano subiu 0,3% em abril ante março, superando a expectativa de analistas de alta de 0,2%. No entanto, desacelerou em relação ao avanço de 1,2% do mês anterior. De acordo com a Capital Economics, a desaceleração do índice marca o início de um recuo sustentado da inflação no país. Para a instituição, o resultado reforça a expectativa de que o Fed aumente juros em 50 pontos-base nas duas próximas reuniões, em junho e julho.

O CPI na Alemanha acelerou a uma taxa anual de 7,4% em abril, no maior nível desde 1981, o que a Western Union vê como favorável à visão de que o BCE pode precisar se mover já em julho para aumentar as taxas, em comparação com sua orientação recente para o final deste ano. A presidente do BCE, Christine Lagarde, disse que a banco deverá concluir seu programa de compras de ativos, conhecido como APP, no começo do terceiro trimestre e a primeira alta de juros acontecerá “algum tempo” depois disso, ressaltando que “algum tempo” pode significar um período de apenas algumas semanas.

Já a libra caiu para o menor nível ante o dólar desde junho de 2020, a Western Union aponta que a moeda britânica “não está fora de perigo” e seria vulnerável a mais quedas se os dados de crescimento do Reino Unido nesta quinta-feira enfatizarem riscos de recessão.