O dólar recuou ante moedas fortes e a maioria das emergentes nesta terça-feira, 7, com um maior apetite por risco nos mercados internacionais diante dois sinais de desaceleração do coronavírus em países da Europa e em Nova York, epicentro da pandemia nos Estados Unidos.

No fim da tarde em Nova York, o dólar caía a 108,84 ienes, o euro avançava a US$ 1,0904 e a libra subia a US$ 1,2342. O índice DXY, que mede a variação da divisa americana em relação a outras moedas fortes, caiu 0,78%, a 99,900 pontos.

“O dólar caiu de terreno elevado devido a sinais de que medidas para retardar a propagação do coronavírus estão começando a dar frutos”, comenta o analista sênior de mercado Joe Manimbo, do Western Union. “Enquanto a situação permanece fluida, sinais de progresso foram suficientes para convencer muitos a ‘afrouxar os laços’ com a moeda mais líquida do mundo: o dólar”, acrescenta o especialista do banco americano.

A libra, segundo Manimbo, apesar de ter avançado sobre o dólar hoje, permanece sob pressão do estado de saúde do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que está internado para tratar de covid-19.

Ante moedas emergentes e ligadas a commodities, o dólar caía a 24,1838 pesos mexicanos, a 18,2823 rands sul-africanos e a 75,512 rublos russos, mas subia a 65,0866 pesos argentinos, no fim da tarde em Nova York. Hoje, a S&P Global rebaixou o rating da Argentina de CCC- para default seletivo (SD).

“À medida que os mercados de ações continuam se recuperando, na esperança de que a pandemia de coronavírus possa estar atingindo um pico, as moedas dos mercados emergentes também estão se fortalecendo em relação ao dólar”, analisa a Capital Economics.

Para a consultoria britânica, “desde que a pandemia diminua”, a maioria das divisas emergentes devem recuperar “parte do terreno que perderam em um mês e meio”.