O dólar se enfraqueceu nesta sessão e o euro ganhou impulso, em dia de decisão monetária do Banco Central Europeu (BCE) e de divulgação do PIB e outros indicadores da economia norte-americana.

O índice DXY, que mede o dólar ante seis moedas competitivas, fechou em queda de 0,49%, a 93,345. No fim da tarde em Nova York, o euro subia a US$ 1,1686, a libra avançava a US$ 1,3791 e o dólar recuava a 113,55 ienes.

O euro reagiu aos comentários da presidente do BCE, Christine Lagarde, que em coletiva de imprensa após o anúncio de política monetária da instituição reiterou que a elevação dos juros não deve ocorrer no “futuro próximo”. O BCE manteve a taxa de refinanciamento em 0% e a de depósito em -0,50% e informou que as compras de ativos pelo programa emergencial da pandemia (PEPP) seguirão em ritmo “moderadamente menor” do que no segundo e terceiro trimestres deste ano.

Apesar do desempenho da moeda comum europeia hoje, o Bank of America mantém a previsão de que o euro deve ficar em US$ 1,15 neste e no próximo ano. A projeção, abaixo do consenso de US$ 1,18 para 2022, se dá pelos possíveis riscos provocados pela divergência da inflação entre EUA e zona do euro, dados fracos da região em resposta à alta nos preços de energia e desaceleração da China, e enfraquecimento do renminbi. O BofA observa ainda que o euro tem tido o pior desempenho entre as moedas do G-10 desde o meio do ano, atrás apenas do iene.

Analista da Western Union, Joe Manimbo diz que o dólar ignorou amplamente os dados mistos dos Estados Unidos hoje. A maior economia do mundo cresceu 2,0% no terceiro trimestre, na taxa anualizada, abaixo da previsão de 2,5% feita por analistas, de acordo com a primeira leitura do Departamento do Comércio. Por outro lado, o número de pedido de auxílio-desemprego caiu a 281 mil, com desempenho melhor do que o esperado. Já o dado de vendas pendentes de imóveis caiu 2,3% em setembro ante agosto, contrariando a expectativa de alta do mercado, e provocou aceleração da queda do índice DXY.