O dólar se valorizou nesta quinta-feira, após o Produto Interno Bruto (PIB) superar as expectativas dos analistas. Além disso, investidores continuavam a reagir à postura do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), que na quarta-feira sinalizou elevação de juros em março nos EUA.

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 115,36 ienes, o euro tinha baixa a US$ 1,1146 e a libra recuava a US$ 1,3381. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, subiu 0,90%, a 97,255 pontos.

Na agenda de indicadores, o PIB dos EUA cresceu ao ritmo anualizado de 6,9% no quarto trimestre de 2021, acima da previsão de 5,5% dos analistas ouvidos pelo Wall Street Journal. Em todo o ano passado, a economia americana avançou 5,7%. Após o dado, aumentaram apostas de elevação dos juros pelo Fed, segundo o monitoramento do CME Group.

O Deutsche Bank afirmou em relatório que passou a prever cinco altas de juros pelo Fed neste ano, o que tende a apoiar o dólar. A moeda americana já mostrava força antes do PIB e estendeu o movimento.

A Western Union destacou em relatório que o dólar atingia máximas em um ano e meio, após a sinalização mais clara do Fed sobre conter a inflação. Frente ao euro, a divisa americana tocou máximas desde junho de 2020, segundo a Western Union, que atribuiu o movimento sobretudo à postura do presidente do Fed, Jerome Powell, durante entrevista coletiva ontem.

O BBH, por sua vez, também cita a postura do Fed e diz que para ele os mercados ainda estariam subestimando a capacidade do BC americano de apertar sua política, caso a inflação perdure mais. Com isso, o BBH acredita que o DXY deve caminhar para mais perto do nível de 100 pontos neste ano.