O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de outras moedas fortes, se valorizou hoje, impulsionado pelo avanço das vendas no varejo dos Estados Unidos. Ainda nesta quinta-feira, 16, o euro atingiu mínimas em três semanas frente ao dólar, diante da força da divisa americana e em meio a declarações do Banco Central Europeu (BCE).

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 109,73 ienes, o euro recuava a US$ 1,1765 e a libra tinha baixa a US$ 1,3789. O DXY avançou 0,41%, a 92,932 pontos.

O dólar já subia no dia, mas ganhou mais fôlego após as vendas no varejo dos EUA avançarem 0,7% em agosto ante julho, contrariando a previsão de queda dos analistas. A Western Union comentou que o dado fortalece o argumento de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) pode começar em breve a reduzir suas compras de bônus (“tapering”) em breve, o que tende a apoiar a divisa americana.

Na Europa, a presidente do BCE, Christine Lagarde, defendeu que o apoio fiscal e monetário ainda é necessário, a fim de continuar a recuperação da zona do euro. Em entrevista no dia de hoje, ela mostrou otimismo sobre a retomada, mas destacou desafios, como a pandemia e o aumento da desigualdade recente. Além disso, criticou criptomoedas como ativos “altamente especulativos”.

A Capital Economics afirma em relatório que os crescentes riscos associados ao setor imobiliário da China sugerem que o yuan pode recuar ante o dólar, mesmo que não ocorra uma escalada nos riscos à estabilidade financeira. Para a consultoria, moedas de algumas economias com fortes laços com a China também podem ficar sob pressão, nesse contexto.