O dólar se apreciou ante rivais e emergentes, nesta terça-feira, 7, acompanhando o avanço dos juros dos Treasuries, com investidores de olho nas implicações de dados recentes de emprego nos Estados Unidos nos planos de redução de estímulos do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). A moeda americana é beneficiada pelo enfraquecimento do euro, à espera de decisão monetária do Banco Central Europeu (BCE).

O índice DXY, que mede a variação da divisa dos EUA ante uma cesta de seis rivais fortes, subiu 0,52%, a 92,512 pontos. No fim da tarde em Nova York, a libra recuava a US$ 1,3785, enquanto o dólar avançava a 110,30 ienes.

Após ter caído na sexta-feira na sequência de indicadores de mercado de trabalho, o dólar retomou o rali ontem. “Os aspectos positivos do cenário de emprego, como os pedidos de seguro-desemprego semanais em um caminho de melhoria, sugerem um risco elevado de o Fed cortar os estímulos”, aponta o analista Joe Manimbdo do Western Uinon.

No horário em questão, o euro cedia a US$ 1,1842, diante da cautela antes da decisão monetária do BCE, marcada para quinta-feira. A expectativa é por um reunião contenciosa, em meio a divergentes sobre o melhor momento para retirar estímulos.

Analistas avaliam que o Banco pode sinalizar a redução de seu principal programa de ativos (PEPP, na sigla em inglês), mas com um esforço para evitar que a medida seja encarada como um aperto explicito. “Tal comunicação poderia levar a um endurecimento das condições de financiamento e apoiar o euro”, especula o Bank of America.

A queda do petróleo prejudicou moedas emergentes ou de economias expostas à commodity. Perto do fechamento da reportagem, o dólar se elevava a 1,2652 dólares canadenses, 19,959 pesos mexicanos e 73,345 rublos russos.

O dólar australiano caía a US$ 0,7386, depois que o banco central da Austrália anunciou manutenção da taxa básica de juros em 0,1% e adiou discussões sobre redução de compras de ativos. Segundo a Capital Economics, a moeda do país da Oceania deve se enfraquecer mais ao longo deste ano entre outros fatores, por conta da desaceleração da economia chinesa.

“A China é uma fonte importante de demanda para as exportações de commodities da Austrália, e o crescimento mais lento ali pesou sobre os preços dessas commodities recentemente”, explica.