O dólar ficou sem sinal único nesta quarta-feira, 25, enquanto operadores avaliavam a ata da mais recente reunião do Federal Reserve (Fed) e projeções sobre crescimento global, em meio ao cenário imposto pela guerra da Rússia na Ucrânia e efeitos econômicos dos lockdowns na China.

No fim da tarde em Nova York, o euro caía a US$ 1,0683, a libra tinha alta a US$ 1,2580 e o dólar subia a 127,28 ienes. O índice DXY fechou em alta de 0,20%, aos 102,056 pontos.

Analista da Western Union, Joe Manimbo afirma que é difícil manter o dólar baixo por muito tempo em meio a um cenário instável para o crescimento global. Hoje, o Instituto de Finanças Internacionais (IIF) reduziu a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) de 4,6% para 2,3% em 2022 e sinalizou recessão para a zona do euro.

A moeda americana reduziu ganhos após a ata do Fed, que mostrou que a maioria dos dirigentes defendem alta de 50 pontos-base no próximo “par” de reuniões e que todos apoiam a proposta para redução do balanço patrimonial. Os membros também disseram esperar avanço sólido do PIB americano no segundo semestre, mas pontuaram que os riscos de inflação foram inclinados para cima. Na avaliação de diversas consultorias, como a Oxford Economics e a Capital Economics, o documento reitera a previsão de que o banco central americano elevará a taxa de juros básicos em 50 pontos-base em cada uma das reuniões de junho e julho.

Em relatório, o Wells Fargo diz prever agora que o dólar se mantenha estável no curto prazo, mas se fortaleça amplamente ao longo do médio e longo prazo. A força do dólar, segundo o banco, deve ser mais evidente contra divisas dos mercados emergentes. “No entanto, esperamos que a divisa americana suba contra várias das moedas G20 no decorrer de 2022 e 2023”, dizem analistas. Em comparação à projeção anterior, o Wells Fargo agora espera menor recuo do euro e maior engraquecimento do iene.

Depois de atingir máxima em quatro anos, o rublo russo caía ante o dólar, depois de o noticiário internacional afirmar que a Rússia anunciou que pagaria sua dívida externa na moeda local. Ontem, o Tesouro Americano informou que não estenderia a licença que permite a Moscou pagar investidores americanos que têm bônus no país.