O dólar operou em alta ante a maioria das moedas nesta segunda-feira, 6, em sessão na qual o mercado observou com atenção as possibilidades de aperto monetário nos Estados Unidos. A divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) americano em novembro na próxima sexta-feira é aguardada com ansiedade. A libra, por sua vez, contrariou a tendência e operou com ganhos ante o dólar em sessão marcada por declarações do vice-presidente do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Ben Broadbent.

O DXY subiu 0,22%, para 96,328 pontos, com o dólar subindo a 113,46 ienes e o euro caindo a US$ 1,1284, enquanto a libra avançava a US$1,3259

Para o BMO Capital Markets, há um cenário “bem estabelecido” para que o Fed acelere seu tapering, mas a divulgação dos dados de inflação ao consumidor na próxima sexta-feira (10) seguem relevantes para a avaliação, após um payroll decepcionante na semana passada. A próxima decisão de política monetária do Fed está marcada para 15 de dezembro, quando o tema deverá ser observado.

Para a Western Union, o dólar “começou a semana forte e estável, com o foco permanecendo na reunião do Fed”. Além disso, a avaliação é de que embora ainda não esteja claro como a variante Ômicron do coronavírus afetará a economia global, os mercados estão se confortando com os relatórios iniciais que sugerem que seus sintomas são leves.

No Reino Unido, a inflação segue preocupando, e de acordo com Broadbent, é errado dizer que o tema é só sobre energia. “É mais amplo do que isso. A maior parte – até agora, pelo menos – tem se concentrado em bens comercializáveis em geral (não energéticos e também energéticos), e muito menos nas partes não comercializáveis da economia”, afirmou.

A lira turca estendeu as perdas em relação ao dólar, e a moeda americana subia a 13,8027 liras no fim da tarde. Investidores ficaram de olho na fala do ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu, que negou que o país tenha pedido dinheiro a aliados em meio à crise cambial local, induzida por uma política monetária acomodatícia em meio a alta inflação.