O empresário Pierre Schurmann, um dos sócios do Bossa Nova Investimentos, fundo de venture capital com participação em 347 startups, encontrou uma maneira de atrair investimentos estrangeiros para algumas empresas de seu portfólio sem que seja necessário passar por uma extensa burocracia. No próximo dia 15 de junho, ele vai lançar nos Estados Unidos a BR11, a primeira security token brasileira. Para quem não conhece, trata-se de uma moeda virtual atrelada a um ativo real. A BR11 estará associada a 11 startups brasileiras que atuam no segmento B2B em áreas como automação de vendas, meios de pagamento, transporte, entre outras. Cada BR11 valerá US$ 1 e o câmbio flutuará de acordo com o sucesso das startups. “Vamos emitir o equivalente a 10% de participação nas 11 startups e pretendemos captar entre US$ 11 milhões e US$ 20 milhões”, diz Schurmann.

 

Entre as primeiras nas Américas

Em estágio de pré-venda para investidores institucionais, a BR11, que está registrada na Securities and Exchange Commission (SEC), o órgão que regula o mercado financeiro nos EUA, tem atraído a atenção de familly offices da Ásia e dos Emirados Árabes. Quem comprar poderá guardar cada token em uma empresa chamada Volt, especializada em geração e manutenção de carteiras digitais. A BR11 também será listada na plataforma americana Open Finance, na qual seu câmbio flutuará de acordo com o valuation das 11 startups atreladas à moeda virtual. “Será a terceira emissão de um security token nas Américas”, diz Schurmann. E prossegue. “O investidor internacional vai poder aportar pequenas quantias em startups brasileiras. Com US$ 5 mil será possível ter participação.”

(Nota publicada na Edição 1071 da Revista Dinheiro, com colaboração de: Cláudio Gradilone)