O Ministério de Minas e Energia informou há pouco que Macapá voltou a receber energia elétrica após ter sido reconectada ao Sistema Interligado Nacional (SIN) na madrugada deste sábado. De acordo com a pasta, a religação o fornecimento de eletricidade está sendo feita de forma escalonada, e a capital do Amapá já estaria recebendo cerca de um terço da carga típica para o horário.

Em nota oficial, o ministério informou que a conclusão dos reparos de um dos transformadores da Subestação Macapá permitiu o reinício do atendimento aos consumidores de forma gradativa, obedecendo a critérios de segurança e confiabilidade.

O conserto do equipamento foi concluído às 3h da manhã, e o religamento exigiu um tempo para aquecimento e monitoramento de características técnicas. Os primeiros consumidores começaram a receber eletricidade às 4h19. A operação começou com uma carga de 20 megawatts (MW) de potência, que foi elevada para 30 MW às 5h05 e chegou a 50 MW às 5h36.

No momento, já são atendidos 80 MW, sendo metade pelo Sistema Interligado Nacional (SIN) e metade pela Usina Hidrelétrica Coracy Nunes, localizada no próprio Amapá. O montante equivale a 33% da carga típica para o horário na região – de cerca de 240 MW.

Segundo o MME, o processo de aumento de carga e ligação de mais consumidores está em curso. A pasta esclarece que a tomada de carga pela rede de distribuição demanda manobras em campo que levam tempo para ser concretizadas.

Um incêndio na subestação Macapá ocorrido na noite de terça-feira, 3, levou ao desligamento automático da linha de transmissão Laranjal/Macapá e das usinas hidrelétricas de Coaracy Nunes e Ferreira Gomes. O fogo tomou conta da subestação e interrompeu cerca de 250 MW de carga elétrica. Ao todo, 14 dos 16 municípios do Estado ficaram sem energia.

Na sexta-feira à noite, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou ao Broadcast que tinha a expectativa de restabelecer parte do fornecimento de energia elétrica no Amapá a partir desta madrugada. Pela manhã, Bento chegou a dizer que o plano do governo era restabelecer o fornecimento de 70% da carga no Estado ainda na sexta-feira, mas isso não aconteceu. A retomada das condições normais de atendimento, no entanto, deverá ser mais longa, em até 10 dias.