Um estudo realizando pela Knight Foundation chefiado pelo professor da Harvard Business School Josh Lerner, fez um raio-x dos fundos que operam em Wall Street e aqueles que os controlam. As análises mostraram uma enorme falta de diversidade no meio, com fundos que tem sócios substanciais (de 25% a 49% de participação) e majoritários (50% ou mais) formados por mulheres e negros, sendo apenas 8,6% do total de fundos que operam na principal bolsa americana. O número, porém, é maior do que o aferido em 2016, que era 7,3%.

O estudo também mostrou o desempenho dos fundos a fim de explicar a falta de representatividade, porém, as análises mostraram que não há correlação entre raça/gênero dos controladores com os resultados obtidos. “Estatisticamente irrelevante”, explica o relatório ao analisar os desempenhos.

Os fundos analisados movimentaram US$ 69,1 trilhões em 2018. Segundo o relatório, o estudo é importante como uma maneira de enxergar as raízes da má distribuição de renda, uma vez que o levantamento reafirma a concentração de renda para grupos historicamente favorecidos. Até junho de 2018, a Knight Foundation tinha investido US$ 830 milhões em ações afirmativas para empresas da bolsa americana.

Os números por fundo

Fundos mútuos: fundos com sócias representam 9,9% do total de fundos mútuos que operam em Wall Street. Fundos com sócios de minorias representam 8,8% dos fundos mútuos que operam em Wall Street.

Fundos hedge: fundos com sócias representam 4,6% do total dos fundos hedge que operam em Wall Street. Fundos com sócios de minorias representam 8,9% dos fundos hedge que operam em Wall Street.

Private equity: fundos com sócias representam 5,2% do total de private equity que operam em Wall Street. Fundos com sócios de minorias representam 3,9% dos private equity que operam em Wall Street.

Fundos imobiliários: fundos com sócias representam 1,8% do total de fundos imobiliários que operam em Wall Street. Fundos com sócios de minorias representam 2,2% dos fundos imobiliários que operam em na bolsa americana.