O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, disse nesta terça-feira, 3, não crer que a epidemia do novo coronavírus terá impacto no interesse de empresas aéreas low cost em atuar no País. O ministro defendeu que a decisão de negócio dessas empresas estará baseada na atratividade do mercado brasileiro, como o potencial não explorado de passageiros.

“O cara quando toma decisão de investir no Brasil está enxergando o potencial que o País tem. A gente tem potencial para ser explorado que não usamos. Podemos aumentar 30%, 40% da quantidade de brasileiros voando. O coronavírus é uma coisa momentânea, daqui a pouco a gente vai ter solução para isso. Ninguém vai deixar de tomar decisão de investir por causa disso, importante é agenda que estamos construindo”, disse Freitas.

Para as companhias que já estão no mercado, o ministro avaliou que pode haver um impacto pontual no início do ano em função da epidemia. “Mas tenho certeza que vai ser superado”, disse.

O ministro lembrou do pacote de medidas que a pasta vem estudando para o setor de aviação, revelado pelo Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) em dezembro, que envolve novidades na regulamentação e na questão tributária. Freitas destacou os estudos para quebrar a concentração de empresas na área de distribuição do querosene de aviação.

O pacote também busca introduzir no País um combustível que é ligeiramente mais barato, já usado nos EUA, zerar o PIS/Cofins do querosene de aviação e acabar com o monopólio da Petrobras na venda do produto. “O que dá para fazer no campo regulatório e no campo da diminuição de imposto, isso vai ser feito, vai aumentar concorrência, e elas estão vindo”, disse.