A confirmação do ex-comandante da Marinha, almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira, para a presidência do conselho administrativo da Petrobras, na segunda-feira (15), reforça o prestígio dos militares na equipe econômica do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

De acordo com matéria publicada na Folha de S.Paulo nesta terça-feira (15), um militar não ocupava o cargo há quatro décadas. O último foi o general de brigada Araken de Oliveira, que presidiu o conselho de 1974 a 1979, durante o governo de Ernesto Geisel.

Desde que a nova gestão assumiu, militares ocupam quatro dos cinco ministérios e duas das cinco estatais com maior impacto na economia nacional. De acordo com analistas, é a maior presença no setor desde a ditadura militar (1964 – 1985).

Os militares estão nos ministérios de Infraestrutura (ex-capitão Tarcísio Gomes de Freitas), Minas e Energia (almirante Bento Costa Lima Leite), e da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (o astronauta e tenente-coronel da reserva da Força Aérea Marcos Pontes) e também em chefias de gabinete e secretarias.

Além de comandar a Secretaria do Governo, o general Carlos Alberto dos Santos Cruz também responde pelo Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), setor estratégico para a acordos econômicos.

Na Secretaria Especial da Receita Federal foi indicado o general da reserva José Carlos Nader Motta, que chefiou a área de economia do Exército. Motta, porém, recusou o posto e o general Augusto Heleno, ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional). Um novo nome deve ser indicado.