Algumas empresas do Texas, nos Estados Unidos, estão recorrendo a manifestantes armados, no estilo das milícias, para reabrir os seus negócios. O objetivo é desafiar os bloqueios impostos pelo isolamento social em decorrência da pandemia do novo coronavírus.

Um grupo, liderado pelo instrutor fitness Philip Archibald, tem estabelecido perímetros nos empreendimentos em que são contratados. Eles vão equipados com rifles de estilo militar, espingardas táticas, coletes de camuflagem e walkie-talkies. Archibald disse ao The New York Times (NYT) que prender uma pessoa por abrir seu negócio é inconstitucional.

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O movimento é uma resposta à liberação das atividades de shoppings, restaurantes e outras empresas feita no início do mês pelo governador do estado, Greg Abbott. No entanto, a medida mantém fechado negócios como bares, salões e estúdios de tatuagem, onde o distanciamento social é mais difícil de ser cumprido.

Situações semelhantes ocorreram em outros estados. Membros armados da Milícia da Liberdade de Michigan desafiaram as ordens de permanência em casa da governadora Gretchen Whitmer. Participantes da Guarda Home de Michigan ajudaram ainda a reabrir uma barbearia na cidade de Owosso.

Os grupos têm causado conflitos nos estados, com pessoas presas e aplicação de multas. Além disso, a desobediência civil tem determinado divisões dentro do próprio movimento anti-lockdown. Alguns defensores se opõem a esses desafios às autoridades, mas, por hora, a situação segue acontecendo.