Por Julie Ingwersen

CHICAGO (Reuters) – Os contratos futuros do milho negociados em Chicago atingiram o maior patamar em quase oito anos nesta terça-feira, enquanto a soja se aproximou de máximas de sete anos, à medida que as ofertas apertadas das commodities deram suporte aos mercados físicos e atraíram compras especulativas, segundo analistas.

Temores com a redução da produtividade no Brasil em função do tempo seco e com o clima frio nos Estados Unidos, que desacelera a germinação da safra 2021, também forneceram apoio.

Os futuros do trigo acompanharam a tendência e também avançaram, com as temperaturas congelantes nas Planícies dos EUA nesta semana ameaçando o desenvolvimento dos cultivos do cereal de inverno no país.

O contrato maio do milho fechou em alta de 14,50 centavos de dólar, a 6,0650 dólares por bushel, após tocar a marca de 6,1175 dólares, maior patamar para o vencimento mais ativo desde junho de 2013, em gráfico contínuo.

A soja para julho avançou 21,25 centavos, para 14,5775 dólares o bushel, depois de atingir 14,7150 dólares, máxima para um contrato mais ativo desde junho de 2014. O vencimento julho do trigo subiu 7,5 centavos, a 6,6125 dólares/bushel.

Novas máximas de contrato foram cravadas no milho, soja e trigo, assim como em vários contratos do óleo de soja.

Os contratos com vencimentos mais próximos registraram as maiores altas, impulsionados frente aos vencimentos mais distantes por sinais de redução nos estoques norte-americanos.

“Isso com certeza está refletindo nos mercados físicos, já que a base continua subindo como sinal de aperto nas ofertas. Você percebe isso pelos ‘spreads’ de hoje”, disse Terry Linn, analista da Linn & Associates, que também citou compras especulativas por fundos de commodities.

(Reportagem adicional de Gus Trompiz, em Paris, e Naveen Thukral, em Cingapura)

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