Milhares de pessoas se reuniram neste sábado (11) na praça Rabin de Tel-Aviv para protestar contra a gestão do novo coronavírus pelo governo.

A polícia israelense não deu estimativas sobre o número de manifestantes, mas a emissora de TV pública Kan 11 indicou que havia milhares de pessoas na praça.

Trezentos agentes foram mobilizados para proteger os manifestantes, manter a ordem pública e supervisionar o cumprimento das medidas de distanciamento social por causa da COVID-19, informaram autoridades policiais.

A maioria dos manifestantes usava máscara, mas não manteve o distanciamento, informou um jornalista da AFP no local.

O protesto foi organizado por grupos de trabalhadores independentes, de pequenas empresas, mas também de artistas que se sentem abandonados pelo governo após terem sido obrigados a fechar seus estabelecimentos comerciais por causa da pandemia.

Grêmios estudantis também aderiram em um contexto em que muitos jovens estão sem trabalho.

O desemprego em Israel disparou nos últimos meses e passou de 3,4% em fevereiro para 27% em abril, antes de cair sutilmente em maio para 23,5%.

Israel impôs em meados de março um confinamento estrito, mas em maio suspendeu algumas restrições. No entanto, teve que voltar a aplicá-las recentemente com o aumento no número de casos.

O país, que tem nove milhões de habitantes, registrou o primeiro caso de COVID-19 em 21 de fevereiro e desde então contabiliza mais de 36.000 contagiados, com 350 falecidos.