BERLIM (Reuters) – Cerca de 4.000 pessoas fizeram uma passeata em Munique neste sábado pedindo aos líderes do G7, grupo dos países mais industrializados, que tomem medidas para combater a pobreza, as mudanças climáticas e a fome no mundo e acabar com a dependência dos combustíveis fósseis russos.

Líderes dos Estados Unidos, Alemanha, França, Reino Unido, Itália, Canadá e Japão se reunirão no domingo no início de uma cúpula de três dias no Schloss Elmau, nas montanhas da Baviera, com o objetivo de aumentar a pressão sobre a Rússia cujas ações na Ucrânia criaram escassez de alimentos e energia em todo o mundo.

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Os manifestantes portavam faixas com os dizeres “Parem a guerra, Rússia e EUA/OTAN tirem as mãos da Ucrânia” e “O imperialismo começa aqui”, e pediam que o G7 aloque mais fundos para prevenção de crises, gestão de conflitos civis e desenvolvimento econômico.

“Hoje, estamos no G7 novamente porque percebemos que nada melhorou… está acontecendo há tanto tempo, que estamos nos destruindo”, disse a manifestante Lisa Munz.

Os protestos de sábado na ensolarada Munique, onde os voos dos líderes desembarcaram antes de seguirem para Elmau, foram patrocinados por mais de 15 organizações, incluindo WWF Alemanha, Oxfam Alemanha e Greenpeace.

Policiais com equipamentos para eventuais confrontos empurraram manifestantes em um breve confronto físico e a polícia disse que vários policiais foram atacados e nove pessoas detidas durante o dia, mas a manifestação permaneceu em grande parte pacífica, disse uma testemunha da Reuters.

(Reportagem de Sarah Marsh, Riham Alkousaa e Reuters TV)