Milhares de pessoas protestaram na Itália neste sábado (24) contra as restrições adotadas pelo governo para as pessoas não imunizadas contra a covid-19, enquanto Roma tenta impedir novos surtos de infecções.

“Liberdade!” e “Abaixo a ditadura!”, gritavam os manifestantes carregando bandeiras italianas, de Nápoles a Turim, passando por Milão, onde os participantes encharcados pela chuva clamavam contra o passe sanitário. A maioria não usava máscara.

O Certificado Verde, que é uma extensão do passe de saúde europeu, será exigido na Itália a partir de 6 de agosto para permitir o acesso a cinemas, museus, piscinas cobertas e estádios, ou para comer em restaurantes.

Pessoas com o esquema vacinal completo, com teste negativo recente ou que tenham se recuperado da doença poderão ter o certificado.

Uma proposta para estender o uso desse passe para viagens de trem, ônibus e avião será considerada novamente em setembro.

“Melhor morrer livres do que viver como escravos!”, dizia uma das faixas em frente à catedral gótica de Milão. Em outra no centro de Roma, lia-se “Vacinas libertam”, junto com uma imagem de Auschwitz.

A decisão de quinta-feira de tornar o certificado obrigatório para algumas atividades impulsionou os agendamentos para vacinação, com um aumento de 200% em regiões menores da Itália, segundo o chefe de emergências de covid-19, Francesco Figliuolo.

A Itália, um dos países mais atingidos pela pandemia na Europa, relatou cerca de 5 mil novas infecções e cinco mortes neste sábado.