Alvo de protestos e críticas por não ter se vacinado contra a covid-19, o presidente Jair Bolsonaro segue sendo destaque negativo na mídia internacional após discurso de abertura da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), na manhã desta terça-feira (21).

A CNN norte-americana destacou que o presidente não tomou vacina, mas disse ao mundo que quer combater o coronavírus. O noticiário também destacou a fala de Bolsonaro sobre o “legado de inflação” deixado pelo lockdown em todo o mundo, principalmente no Brasil, onde a decisão de “governadores e prefeitos” gerou desemprego e forçou o governo a conceder um “auxílio emergencial de 800 dólares”.

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No New York Times, o presidente brasileiro saiu da seguinte forma: “não vacinado e desafiador, Bolsonaro recua contra as críticas no discurso da ONU”. Um dos principais noticiários do mundo, o NYT registrou a defesa do “presidente de extrema direita” a remédios ineficazes contra o coronavírus e rejeição a críticas ao histórico ambiental adotado pelo governo brasileiro.

O britânico Guardian disse que “Bolsonaro provou ser uma figura controversa durante a pandemia, minimizando os impactos do vírus e recusando-se a ser vacinado”. E para sustentar a tese de controvérsia, destacou trecho da fala do presidente dizendo que apoia os esforços de vacinação, mas “meu governo não apoiou uma vacina ou passaporte de saúde ou qualquer outra obrigação relacionada à vacina”.