O Internet Explorer, o navegador web dominante da empresa americana Microsoft odiado por alguns usuários, foi desativado nesta quarta-feira (15) depois de 27 anos nas telas de computadores de todo o mundo.

A Microsoft anunciou a saída no ano passado e, em uma publicação de blog divulgada nesta quarta, explicou que o motivo é a necessidade de começar do zero com um navegador diferente: Microsoft Edge.

“O Internet Explorer (IE) foi aposentado oficialmente, está sem suporte a partir de hoje”, escreveu a Microsoft.

“A web evoluiu e os navegadores também. As melhorias adicionais no Internet Explorer não conseguiram igualar as melhorias gerais da web em geral, então começamos de novo”, acrescentou.

A gigante da tecnologia não oferecerá mais correções ou atualizações para a versão existente do Explorer e os usuários serão direcionados automaticamente para o aplicativo substituto, o Microsoft Edge.

Foi um momento marcado por uma nostalgia genuína e muitas piadas às custas do que foi a primeira porta de entrada na Internet para milhões de pessoas.

“Demorava muito tempo para baixar as coisas, travava e era facilmente substituído por outros navegadores”, disse em sua conta no Twitter @Zytrux_1, com a hashtag #ripinternetexplorer.

“Mas lá se vai um dos primeiros navegadores que já usei e tenho ótimas lembranças graças a ele”, acrescentou.

O Twitter estava repleto de memes sobre o Explorer, incluindo lápides ou caixões com a assinatura do navegador azul “E” e capturas de tela ocasionais de mensagens de erro dizendo que o aplicativo havia parado de funcionar. A primeira versão do Internet Explorer surgiu em 1995, em um desafio à estrela em ascensão da Internet, o Netscape Navigator.

A difusão do sistema operacional da Microsoft também se tornou um caminho para o Explorer se tornar o padrão para muitos usuários.

Em 1997, autoridades americanas alegaram que a Microsoft, ao incorporar seu Internet Explorer no sistema operacional Windows como navegador padrão, estava tentando esmagar a concorrência do Netscape.

O caso foi concluído com um acordo em novembro de 2001, que não impôs nenhuma penalidade financeira, mas forçou a gigante de software do bilionário Bill Gates a revelar mais informações técnicas e proibiu acordos anticompetitivos em produtos da Microsoft.