As gigantes da tecnologia Microsoft e Zoom anunciaram que não processarão solicitações de dados feitas pelas autoridades de Hong Kong, na China. A medida é válida enquanto as empresas avaliam a nova lei de segurança do governo.

No final de junho, o País aprovou uma legislação que criminaliza atos de apoio à independência e facilita a punição dos manifestantes. Se as empresas de tecnologia tornarem suas decisões permanentes, poderão enfrentar restrições ou proibição de seus serviços na região.

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Outras empresas do setor como o Facebook, Google, Twitter e o aplicativo de bate-papo Telegram já anunciaram medidas semelhantes nos últimos dois dias. A Apple disse à BBC que está “avaliando” as regras. Hoje (07), o aplicativo TikTok, que ganhou popularidade mundial durante o isolamento social, também negou o compartilhamento de dados.

De acordo com o último relatório de transparência da Microsoft, a empresa recebeu pedidos de dados vinculados a 81 contas do governo de Hong Kong entre julho e dezembro de 2019 e forneceu “dados sem conteúdo” na maioria dos casos.

Já a Apple indica que recebeu pedidos de dados de 358 dispositivos do governo de Hong Kong entre janeiro e junho deste ano e que forneceu dados em 91% dos casos.