A maioria dos micro e pequenos negócios de serviços está próxima de quebrar, revela levantamento da fintech de maquininhas SumUp com 3.800 empreendedores clientes espalhados pelo Brasil. Em período de pandemia do coronavírus, esses empreendedores enfrentam muitas dificuldades para seguir com as atividades.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o volume de serviços em geral caiu 11,7% na passagem de março para abril, maior recuo nesse tipo de comparação desde o início da série histórica, em janeiro de 2011.

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Entre os principais problemas enfrentados por esses micro e pequenos negócios, além, claro, das portas fechadas devido às medidas de isolamento, está o fim das reservas financeiras, aponta a pesquisa.

De acordo com o levantamento, ao menos metade dos empreendedores dos segmentos de serviços esportivos, serviços para eventos, fotografia e transportes estão fechados permanentemente.

Na mesma condição se encontram 39% dos empreendedores de serviços de educação, 36% de serviços de limpeza automotiva, 35% de serviços de beleza, 27% dos negócios de manutenção e reparo e 26% de serviço de saúde.

Com base no total de entrevistados, 67% responderam que tinham, ou têm, alguma reserva financeira para passar o período da quarentena, mas mesmo assim precisarão de auxílio financeiro nos próximos 6 meses.

Para se ter noção, 39% dos empreendedores afirmam que estão parados permanentemente e sem reserva financeira e 34% estão com o ponto de venda fechado, com o negócio em atividade e também sem dinheiro para pagar as contas.

A SumUp realizou o levantamento entre os dias 18 e 20 de maio.