Por Gabriel Bueno da Costa

São Paulo, 02/09/2020 – O contrato futuro do ouro recuou hoje, em um cenário de maior otimismo nos mercados internacionais com a retomada econômica, portanto de menor busca pela segurança do metal. Além disso, o dólar se fortaleceu ante outras moedas principais, o que contribui para pressionar o contrato.

O ouro para dezembro fechou em queda de 1,73%, em US$ 1.944,70 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

A Sucden Financial destacou em relatório o avanço das bolsas dos dois lados do Atlântico, com propensão ao risco entre investidores, mesmo após o setor privado nos Estados Unidos ter criado apenas 428 mil vagas em agosto, bem abaixo da previsão de 1,17 milhão dos analistas ouvidos pelo Wall Street Journal. Para a Sucden, o dado sugere que a recuperação a níveis normais de emprego será mais gradual do que o antes imaginado no país.

No câmbio, o dólar forte pressionou o ouro, já que nesse caso o metal fica mais caro para os detentores de outras moedas, o que contém a demanda. O Commerzbank afirma em relatório que o contrato do metal caía após não ter conseguido atingir a marca de US$ 2 mil a onça-troy na terça-feira, atribuindo a fraqueza de hoje ao dólar mais forte.

Contato: gabriel.costa@estadao.com