Os contratos futuros do ouro encerraram o pregão desta quinta-feira, 2, em alta, apesar do avanço do dólar sobre rivais e em meio a expectativas sobre a assinatura da chamada “fase 1” do acordo comercial entre os Estados Unidos e a China, que deverá ocorrer no dia 15 de janeiro.

O ouro para fevereiro subiu 0,33%, em US$ 1.528,10 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

O otimismo do mercado internacional com a formalização do pacto inicial entre Washington e Pequim, que tende a apoiar o apetite por risco e diminuir a busca por ativos seguros como o ouro, assim como o dólar em alta, que deixa a commodity mais cara para detentores de outras divisas, não foi capaz de levar o metal precioso para o território negativo.

Além de ter cravado uma data para a assinatura do pacto preliminar, o presidente americano, Donald Trump, afirmou no último dia de 2019 que irá à China em uma data futura para iniciar as negociações da “fase 2”. Hoje, também anima os mercados uma redução de compulsórios dos bancos anunciada pelo Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês).

Segundo Carlo Alberto De Casa, analista-chefe da ActivTrades, no entanto, “tradicionalmente a primeira parte do ano geralmente fornece sazonalidade positiva para o ouro” e o mercado antecipa esse movimento. Estrategista de commodities da RBC Capital Markets, Christopher Louney também aposta no fortalecimento do metal precioso em 2020. “Nossa visão é baseada na mudança observada na atitude em relação ao ouro e na persistência da incerteza que permeia todo o nosso horizonte de previsão”, afirma o analista.

*Com informações da Dow Jones Newswires