Enquanto o Turismo perdeu mais da metade do seu tamanho (-56,3%) em 2020, corretoras imobiliárias, consultorias econômicas e de gestão administrativa, advocacias e agências de comunicação puxaram um crescimento de 0,7% do faturamento real do setor de serviços paulistano em 2020, mostra a Pesquisa Conjuntural do Setor de Serviços na Cidade de São Paulo (PCSS) da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

O resultado também foi puxado pelo melhor mês de dezembro da série histórica, iniciada em 2010: com faturamento de R$ 50,2 bilhões, o setor de serviços de São Paulo cresceu 11,3% em relação a dezembro de 2019.

O crescimento mais expressivo da PCSS foi observado pelo grupo de agenciamento, corretagem e intermediação, que foi de 13,7% em 2020. Em seguida, estão os de mercadologia e comunicação (12,9%) e o de assuntos jurídicos, econômicos e técnico-administrativos (11,8%).

Os desempenhos desses tipos de serviços sugerem, assim, que estas foram as principais demandas do mercado em meio ao contexto incerto provocado pela pandemia.

No entendimento da FecomercioSP, os números apresentam horizontes positivos para 2021, mas dependendo ainda da velocidade de vacinação da população, do ritmo da recuperação econômica de alguns setores (como o turismo) e do desempenho do mercado de trabalho de agora em diante.

Depois do turismo, chamam a atenção ainda as perdas nas atividades educacionais (-9,4%) e nas de conservação, limpeza e reparação de bens móveis (-5,3%). Empresas prestadoras de serviços de saúde na capital paulista, embora demandadas à exaustão em meio à pandemia, acabaram 2020 com prejuízo de 3,4% em relação ao ano anterior.