Enquanto o Ministério da Saúde recomenda evitar aglomerações e eventos são cancelados pelo País, o Congresso Nacional agendou uma sessão para a próxima terça-feira, 17. Parlamentares precisam decidir sobre vetos presidenciais, como os do pacote anticrime, e também votar os projetos que entregam uma fatia de R$ 15 bilhões em emendas parlamentares para controle dos congressistas.

Na semana passada, os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), restringiram o número de pessoas que circularão no Congresso, devido ao novo coronavírus. A visitação pública, as sessões especiais, viagens de parlamentares e de servidores em missões oficiais ao exterior foram canceladas.

Apesar da restrição, a sessão desta terça-feira, 17, deve reunir um grande número de pessoas. São 513 deputados e 81 senadores na Casa. Cada um deles trabalha com uma equipe de assessores que costuma acompanhá-los às sessões no plenário, acarpetado e sem janelas. Além deles, há ainda os jornalistas credenciados.

Ao longo desta semana, parlamentares pressionaram o presidente do Congresso, Alcolumbre, para que a sessão fosse suspensa. Ele chegou a considerar a possibilidade, se houvesse casos confirmados entre deputados, senadores e servidores do Congresso, o que por enquanto não aconteceu.

Alcolumbre decidiu fazer o teste preventivamente, após ter contato com integrantes da comitiva presidencial nos Estados Unidos. O secretário de Comunicação, Fabio Wajngarten, que fez parte do grupo, teve a doença confirmada, conforme revelou o Estado.

O senador Jorginho Mello (PL-SC) e os deputados Daniel Freitas (PSL-SC) e Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) estiveram na mesma comitiva e testaram negativo. O senador Nelsinho Trad (PSD-MS) também acompanhou o grupo e ainda aguarda resultado do exame. A Comissão de Relações Exteriores do Senado, a qual Trad preside, cancelou a sessão que faria na quinta-feira.

A comissão da Câmara que trata sobre a segunda instância fará uma audiência por videoconferência no mesmo dia, já que o convidado, o jurista Nelson Nery, não poderá entrar no prédio devido às restrições.