O ex-piloto brasileiro Nelson Piquet emitiu uma nota à imprensa internacional na quarta-feira (29) em que disse que houve um erro de tradução na entrevista na qual se refere ao heptacampeão Lewis Hamilton como “neguinho”. 

“O que disse foi mal pensado, e não vou me defender disso, mas quero esclarecer que o termo usado é um termo amplamente e historicamente usado no português coloquial do Brasil como sinônimo de ‘cara’ ou ‘pessoa’ e nunca teve a intenção de ofender”, afirmou. 

+Piquet pede desculpas a Hamilton por comentário “mal pensado”

De acordo com informações da imprensa internacional, mesmo depois do pedido de desculpas, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) estuda banir o tricampeão do Paddock da Fórmula 1. 

Categoria, equipes e pilotos reagem 

Na terça-feira (28), a Fórmula 1 lançou nota oficial em que diz que “linguagem discriminatória ou racista é inaceitável de qualquer forma e não faz parte da sociedade”. 

A FIA também se pronunciou em sua conta no Twitter condenando “veementemente” qualquer linguagem discriminatória e expressou solidariedade a Hamilton.

  

A equipe Mercedes também se pronunciou em defesa de Hamilton, lembrando da liderança do piloto inglês contra o racismo no esporte. 

Outro campeão que se posicionou contra as falas de Piquet foi o alemão Sebastian Vettel. No twitter de sua equipe, a Aston Martin, ele declarou que  “é ainda mais importante falarmos sobre essas coisas e abordá-las, e como esporte damos as boas-vindas a qualquer pessoa que deseje se juntar a nós”. 

 

Entenda o que aconteceu 

Toda a polêmica começou quando um vídeo de uma entrevista de Piquet ao canal MotorSport Talk, dada em novembro de 2021, foi resgatada no Twitter. 

Nela o brasileiro explica o acidente envolvendo o atual campeão Max Verstappen, seu genro, e Hamilton no GP de Silverstone em 2021. “O ‘neguinho’ deixou o carro, porque não tinha como passar dois carros naquela curva. O ‘neguinho’ fez de sacanagem”, disse.