Na pendência de detalhes do plano de apoio à economia americana, os mercados da Europa e dos Estados Unidos perdiam fôlego nesta quarta-feira (11) logo após a abertura de Wall Street, apesar dos novos e ambiciosos anúncios de vários bancos centrais, incluindo o da Inglaterra.

Na Europa, todas as bolsas terminaram em vermelho, exceto Milão, que ganhou 0,33% após as medidas ambiciosas da Itália que anunciaram 25 bilhões de euros para apoiar fortemente sua economia.

Paris perdeu 0,57%, Frankfurt 0,96%, Londres 1,40% e Madri 0,34%.

Até às 17H00 GMT (14H00 de Brasília), o Dow Jones Industrial Average tinha recuado 3,84%, enquanto Nasdaq, índice de perfil tecnológico, registrava queda de 3,20% e S&P 500 havia caído 3,54%.

Na terça-feira, Wall Street se recuperou após a pior sessão desde 2008, na expectativa de anúncios importantes para a economia americana que ainda não chegaram.

“A queda do mercado (nesta quarta-feira) é favorecida por informações de que a Casa Branca está indecisa sobre as medidas de apoio econômico a serem adotadas para lidar com as consequências do coronavírus”, disse Patrick O’Hare, da Briefing.

Os Estados Unidos “duvidam cada vez mais da real vontade do governo de agir rapidamente” para conter a epidemia, acrescentou Michael Hewson, analista da CMC Markets.

Já Chris Beauchamp, analista da IG, crê que este país está “pouco preparado” para enfrentar esta crise sanitária, que a Organização Mundial da Saúde (OMS) acaba de qualificar como pandemia.

Além da Itália, o Reino Unido, cujo Banco da Inglaterra anunciou um corte surpresa na taxa principal em 50 pontos-base, anunciou que está pronto para desbloquear cerca de 38,5 bilhões de dólares para combater os efeitos do coronavírus.

Agora, os olhos estão voltados para a esperada reunião sobre política monetária do Banco Central Europeu (BCE), prevista para quinta-feira, em que os mercados europeus aguardam um verdadeiro arsenal de medidas para mitigar os efeitos devastadores na economia da pandemia de Covid-19.