Instituições financeiras consultadas pelo Ministério da Fazenda esperam por um déficit menor nas contas públicas neste ano. A estimativa de déficit primário do Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central), neste ano, passou de R$ 139,132 bilhões para R$ 136,103 bilhões. A estimativa está abaixo da meta para este ano, que é R$ 159 bilhões.

O resultado primário é formado por despesas menos receitas, sem considerar gastos com juros.

A projeção consta na pesquisa Prisma Fiscal elaborada pela Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, com base em informações de instituições financeiras do mercado. Os dados foram divulgados hoje (12).

Para o ano que vem, a estimativa de déficit primário passou de R$ 111,892 bilhões para R$ 107,304 bilhões.

Brasília - O presidente Michel Temer dá posse ao novo ministro do Planejamento, Esteves Colnago, em cerimônia no Palácio do Planalto (Valter Campanato/Agência Brasil)

Esteves Colnago, que tomou posse no Planejamento

na  terça-feira,  e  o  ministro  da  Fazenda,  Eduardo Guardia,  dão  entrevista  nesta  tarde  sobre  a  LDO de 2019   Valter Campanato/Arquivo/agência Brasil

Na última terça-feira (10), o novo ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Esteves Colnago, disse que a melhora na arrecadação decorrente da recuperação da economia poderá fazer a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2019 vir com meta menor de déficit primário.

A LDO de 2018 estimava meta de déficit primário – resultado negativo nas contas do governo antes do pagamento dos juros da dívida pública – de R$ 139 bilhões para o próximo ano. No entanto, o bom desempenho da arrecadação federal, que cresceu mais de 10% acima da inflação oficial nos dois primeiros meses do ano, pode criar condições para que a equipe econômica imponha uma meta fiscal mais apertada para 2019.

Hoje à tarde, Colnago e o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, darão entrevista coletiva à imprensa para divulgar o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias 2019 (PLDO), que será enviado ao Congresso Nacional.

Dívida

A pesquisa apresenta também a projeção para a dívida bruta do governo geral, que, na avaliação das instituições financeiras, será de 74,9% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país). A estimativa anterior era 75% do PIB. Para 2019, a estimativa foi ajustada 76,95% para 76,90% do PIB.