O mercado imobiliário espanhol, duramente atingido pelo estouro da bolha em 2008, retomou seus níveis de transações anteriores à crise econômica – embora os preços de propriedades continuem baixos, segundo dados oficiais divulgados nesta segunda-feira (19).

Com o estímulo do crescimento econômico robusto, 465 mil propriedades foram vendidas ou adquiridas em 2017, “o melhor desempenho anual desde 2008”, segundo relatório do Registro Nacional de Propriedades da Espanha.

O valor é cerca de 15% superior ao de 2016.

A Espanha viveu um boom de propriedades no fim dos anos 1990, com altas exageradas de preços.

Desde 2008, essa bolha estourou e a crise econômica mundial desacelerou o crescimento da Espanha, impedindo muitos cidadãos de quitar suas hipotecas.

Os preços despencaram e só voltaram a subir em 2014, quando a recessão espanhola terminou.

Em 2017, os preços dos imóveis aumentaram em média 7,6% na Espanha em relação ao ano anterior.

Eles ainda são 21% inferiores a 2007, no auge da bolha imobiliária.

“As baixas taxas de juros, juntamente com uma taxa de desemprego em declínio (embora ainda alta), que caiu a 17% em 2017, de um recorde de 27% em 2013, estão apoiando a acessibilidade da habitação”, disse a agência de classificação Moody’s em nota.