12/01/2021 - 3:02
Antes da pandemia de coronavírus, o mundo estava em um período de crescimento econômico e as vendas globais de smartphones permaneceram relativamente estáveis por vários anos. Mas a disseminação do vírus ao redor do mundo mudou completamente o cenário.
As vendas de telefones celulares caíram 26% no primeiro trimestre de 2020, de acordo com o relatório Future of devices publicado nesta segunda, 11, na CES. Enquanto no segundo trimestre a queda foi menos acentuada, de 6%, no terceiro a indústria começou a se recuperar e a venda de telefones celulares aumentou 32%. Os pesquisadores esperam que o mercado de smartphones leve vários meses para atingir os níveis pré-pandêmicos.
+ Conheça o smartphone da Xiaomi desenvolvido para gamers
+ WhatsApp vai deixar de funcionar em alguns smartphones em 2021
Além disso, se antes da pandemia os usuários trocavam de celular em média a cada pouco mais de dois anos, agora espera-se que o façam a cada três, o que pode limitar a recuperação do mercado de smartphones. Embora, de acordo com os pesquisadores, à medida que as economias melhoram, os consumidores podem mudar de ideia. Na verdade, a pesquisa indica que 29% dos proprietários de smartphones hoje dizem que provavelmente trocarão de dispositivo em 2021.
Quanto aos fabricantes, Apple e Samsung são os que melhor resistiram à pandemia. Eles têm estado relativamente ilesos em termos de participação de mercado e fidelidade do cliente, de acordo com o relatório. Enquanto isso, a Huawei enfrenta um grande obstáculo que pode ter sérias implicações para o futuro: sanções dos EUA que bloqueiam seu acesso aos aplicativos do Google e designs de chips ARM.
Em 2021, os celulares da Huawei começarão a ter o Harmony, seu próprio sistema operacional, incorporado. O relatório indica que os usuários leais à marca, que são principalmente chineses, irão impulsionar a adoção do novo sistema. O fabricante poderá ser responsável por 46% das compras de smartphones na China até 2021, lançando assim as bases para sua futura expansão. Embora fora do país asiático, é mais complicado. Especialmente se você não conseguir obter os aplicativos mais exigidos pelos usuários ocidentais em seus telefones celulares.
