O mercado brasileiro de gás liquefeito de petróleo (GLP), o gás de cozinha, deve fechar o ano com crescimento de 3,64%, segundo estimativa divulgada hoje pelo Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de GLP (Sindigás). O crescimento, porém, é influenciado pela baixa base de comparação do ano passado, quando a indústria ainda sentia os efeitos da crise financeira internacional, avaliou o presidente da entidade, Sérgio Bandeira de Melo.

O consumo industrial e comercial deve fechar o ano com alta de 10,2%, enquanto as vendas de botijões de 13 quilos subirão apenas 1,1%. O executivo disse que o crescimento da construção civil também contribui para o aumento das vendas de botijões maiores, uma vez que os novos condomínios estão sendo projetados com abastecimento coletivo de gás de cozinha. Para o ano que vem, o Sindigás espera um aumento de 2,23% nas vendas (alta de 1,3% nos botijões de 13 quilos e de 4,7% nos mercados comercial e residencial).

A entidade espera também retomar as discussões a respeito de mudanças no modelo de subsídio ao consumo de GLP por famílias de baixa renda, hoje incluído no Bolsa-Família. O Sindigás defende que a parcela destinada ao botijão de gás seja carimbada para a compra do produto. “Hoje, muita gente usa lenha e gasta o dinheiro do gás em outros produtos”, argumentou o presidente da entidade, que calcula que 32,4% da energia consumida em residências brasileiras seja hoje proveniente da lenha.

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