Depois de altas exponenciais durante a pandemia, o mercado de computadores começa a se estabilizar no Brasil. É o que mostra o IDC Brazil PCs Tracker 1Q2022, estudo da IDC Brasil, líder em inteligência de mercado e serviços de consultoria. De acordo com o levantamento, as vendas subiram 6% no primeiro trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. Vale ressaltar que 2021 registrou resultados importantes, com crescimento de 37%, e 8,7 milhões de máquinas comercializadas.

De janeiro a março de 2022, foram vendidos 1,98 milhão de computadores. Desse total, 450 mil foram desktops (alta de 15%) e pouco mais de 1,5 milhão de notebooks (+3%). De acordo com o estudo da IDC, a alta de 6% foi puxada pelo mercado corporativo, que tem batido recordes e atingiu seu maior nível de participação nos últimos anos. Representa 49% das vendas totais de computadores e cresceu 36% em relação ao primeiro trimestre de 2021.

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“A alta se deve à constante demanda de computadores para fins educacionais, à necessidade das empresas de atualizarem seus ativos de TI e de adequarem suas forças de trabalho às condições híbridas”, disse Daniel Voltarelli, analista de mercado de tecnologia e comunicações da IDC Brasil.

As vendas no varejo alcançaram 1 milhão de unidades. Queda de 12%, na comparação dos períodos. Afetam os resultados o aumento da inflação e da taxa de juros, que gera diminuição do poder de compra dos consumidores. “Há também uma redução natural da demanda no varejo, após um 2021 registrando avanços tão significativos no segmento”, afirmou Voltarelli.

A receita total do mercado de computadores no primeiro trimestre de 2022 cresceu 27%, para R$ 8,9 bilhões, fruto principalmente do aumento de preços.

Para o restante do ano, a IDC projeta uma leve retração no mercado geral de PCs, com expectativa de encolhimento no varejo e uma projeção mais otimista para o corporativo.