O dólar segue forte ante o real e no exterior nesta quinta-feira, 7, diante da cautela com a desaceleração da economia global e as preocupações com um atraso no andamento da reforma da Previdência no Congresso e relacionadas à Vale. O comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom), que manteve na quarta-feira, 6, a Selic em 6,5% ao ano como era esperado, foi considerado menos suave que o previsto e ajuda a impulsionar a curva de juros, o que é monitorado pelo mercado de câmbio.

Segundo operadores, o real segue em baixa, precificando a alta generalizada do dólar no exterior em meio a um movimento persistente de busca de proteção após novos sinais de desaceleração global vindos da Alemanha e Índia.

O operador da Renascença Corretora Luis Felipe Laudisio dos Santos diz que o temor relacionado à reforma da Previdência, com novas declarações desencontradas e notícias sobre o desastre em Brumadinho, piorando e muito a situação da Vale, foram os principais responsáveis pela forte realização vista nos ativos locais, na quarta.

Segundo ele, a valorização de 1,11% ante o real na quarta teve suporte de investidores estrangeiros, que aumentaram posição comprada em 23.765 contratos (US$ 1,188 bilhão), e de Fundos Nacionais, que zeraram posição vendida em 10.645 contratos (cerca de US$ 532,2 milhões). Bancos ficaram na contraparte geral, informa. “Hoje o dia tem forte agenda econômica, com decisão do Banco da Inglaterra e desdobramentos do Brexit, por isso, temos as moedas se desvalorizando frente o dólar”, comentou em nota.

Às 9h52, o dólar à vista subia 0,45%, a R$ 3,7221, enquanto o dólar futuro de março avançava 0,62%, a R$ 3,7260.