A Estação de Tratamento de Água (ETA) Guandu, controlada pela Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae), é responsável pelo abastecimento de 92% da população do Grande Rio, que engloba a capital fluminense e outros 20 municípios. Ela trata 43 mil litros de água por segundo, mas o problema, no entanto, é que o rio Guandu é barrento e turvo. Para tratar a água, a Cedae gasta muito com material e energia, tudo bancado pelo contribuinte carioca. Segundo o estudo “Infraestrutura Nacional para Água no Sistema Guandu”, coordenado pelo instituto de pesquisas WRI Brasil com apoio da Fundação Boticário e da Fundação Femsa, uma alternativa ao problema seria a restauração de 3 mil hectares de florestas na bacia do rio Guandu. Com isso, a água chegaria mais limpa à ETA Guandu e o resultado seria uma economia de R$ 259 milhões, decorrente de um investimento estimado em R$ 103 milhões em 30 anos. Vale a pena investir em florestas para baixar o custo da água.

(Nota publicada na Edição 1101 da Revista Dinheiro)