Os dedos ágeis dão conta de um tapetinho de crochê em poucos minutos, enquanto o olhar está fixo na tela – não a da televisão, como as vovós que povoam nosso imaginário, mas a do celular. Junior Silva, de 12 anos, é youtuber, como muitos de sua idade, e “crocheteiro”, como poucos.

O menino tomou gosto pela atividade depois de observar a avó e a tia. “Eu tinha 11 anos, pegava a agulha e fingia que estava fazendo. Aí pedi para me ensinarem.” A vontade de compartilhar o gosto pela costura veio depois de publicar em um grupo no Facebook uma foto de um tapete colorido que ele mesmo fez. “Bastante gente gostou. Depois, comecei a fazer lives (vídeo ao vivo) e, assim, foi crescendo meu público”, conta ele, orgulhoso dos 21 mil seguidores que já conquistou.

Nos vídeos, Junior dá dicas de pontos e linhas enquanto costura. “Crochê é uma arte bem bonita. Faço muitas coisas diferentes”, diz o menino. Embora tenha os seus fãs, há também quem o critique por acreditar que crochê não é coisa de criança, muito menos de menino. “No começo, eu ficava chateado, mas agora levo na esportiva.”