O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta sexta-feira, 24, que, apesar da melhora de vários indicadores da economia nos últimos meses, a população ainda não tem percebido isso porque o desemprego, embora esteja caindo, ainda é elevado e porque ainda é ruim a memória que as pessoas têm do período recessivo. “Mas pouco a pouco a sociedade vai perceber a melhora da economia”, disse, durante palestra na sede da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), em Florianópolis, sobre o atual panorama da economia brasileira.

O ministro, que citou dados da economia que avançaram desde o início do governo de Michel Temer, como inflação, juros, risco país e PIB, disse que o País “está atravessando um período mais importante do que o percebido”. Segundo ele, o Brasil sai de uma recessão, em que a economia encolheu 7,3% no acumulado de 2015 e 2016, por meio de uma política econômica que atacou as “causas certas” e que está de olho no longo prazo, com a agenda “intensa” de reformas. “Há analistas com histórico grande de acerto que já falam em crescimento de mais de 3% para os próximos 12 meses”, disse.

Ele mencionou que existe uma forte correlação entre a confiança dos empresários e dos consumidores com a evolução do PIB, mostrando um gráfico que compara as duas variáveis nos últimos anos e acrescentando que a economia tem avançado nos últimos meses na esteira de um aumento da confiança. “Se a confiança continuar crescendo, o PIB vai continuar crescendo”, afirmou. Também disse que a melhor política social de um governo é gerar emprego, mais que o Bolsa Família. Na sua visão, as pessoas preferem ter uma oportunidade de trabalho do que estar no programa de transferência de renda.

Antes da palestra, Meirelles almoçou com o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, na sede do governo do Estado. A reunião ocorreu em um momento em que o governo federal busca o apoio dos governadores para que estes convençam os parlamentares de seus Estados a votar a favor da reforma da Previdência. Também participaram do encontro os deputados federais catarinenses João Paulo Kleinübing e João Rodrigues, ambos do PSD, o mesmo partido de Colombo e Meirelles.