O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, evitou fazer nesta terça-feira, 18, comentários sobre a possibilidade de redução da meta de inflação, hoje fixada em 4,5% ao ano. Questionado durante seminário do Itaú Unibanco sobre se o ambiente seria propício para revisar a meta para baixo, já que a inflação caminha para fechar o ano abaixo de 4,5%, Meirelles respondeu que essa é uma decisão a ser apreciada em junho pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). “Essa é uma decisão que vamos tomar em junho. Para isso, existe um cronograma de tomadas de decisões do conselho monetário. Então, em junho vamos analisar esses fatores”, disse Meirelles.

O ministro aproveitou o evento para destacar melhoras no ambiente macroeconômico, como a queda “substancial” nas despesas com juros da dívida a patamares de 2007 e 2008, bem como repetiu a visão de que o Produto Interno Bruto (PIB) volta a crescer no primeiro trimestre, chegando ao quarto trimestre do ano com alta de 2,7% na comparação com igual período de 2016.

Antes disso, voltou a atribuir a demora na recuperação ao endividamento das empresas e das famílias, mas considerou que o processo de desalavancagem já está avançado, o que abre espaço agora à retomada.