Em fevereiro de 2013, a Polícia Federal indiciou as servidoras Maria Rodrigues dos Anjos, Cleiresmar Machado e Silvania Felippe, que trabalhavam na Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, por sumirem com processos fiscais e autuações de infrações em valores milionários em troca de propinas pagas por empresários autuados. Passados mais de oitos anos, o processo administrativo aberto para apurar o caso foi concluído e a Secretaria da Fazenda decidiu quais penas seriam aplicadas às funcionárias.

Silvania foi dispensada enquanto Maria e Cleiresmar foram demitidas. A decisão foi publicada nesta quinta-feira, 16, no Diário Oficial do Estado e atendeu a recomendação da Procuradoria do Estado. O despacho é assinado pelo secretário da Fazenda e Planejamento Henrique Meirelles.

O caso foi descoberto pela Polícia Federal a partir de confissões na Operação Lava Rápido. De acordo com os investigadores, os processos eram retirados tranquilamente do Palácio Clóvis Ribeiro, sede da Fazenda, em mochilas e sacolas. Em troca, as servidoras eram recompensadas em dinheiro vivo no Shopping Light, no viaduto do Chá, e em um salão de beleza na Galeria Nova Barão, no centro da cidade, segundo a PF.

COM A PALAVRA, AS DEFESAS

A reportagem entrou em contato com as defesas das servidoras.

A advogada Carolina Meyer e o escritório de Vanessa Campos Amaro disseram que elas foram nomeadas para fazer a defesa técnica na qualidade de ‘advogado ad hoc’, mas possivelmente não tiveram contato com as funcionárias.

Até a publicação desta matéria, a reportagem não conseguiu contato com o advogado Caio Cesar Pereira da Silva. O espaço permanece aberto a manifestações.