O que pode ter se tornado o maior vazamento de dados da história pode ter atingido mais de 223 milhões de brasileiros e não expôs apenas CPF, data de nascimento e gênero dessas pessoas, mas também fotos de rosto, nomes, endereços, faixa salarial, CNPJ de empresas e até informações de veículos.

Na prática, esse roubo de dados serve como uma forma de criminosos se passarem por essas pessoas na internet, contraindo dívidas, baixando escrituras em nome delas e outras milhares de possibilidades ilegais que ainda não podem ser mensuradas.

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Descoberta pela empresa de segurança digital Psafe há menos de 10 dias, a exposição dos dados pode ter saído da Serasa Experian, mas a companhia nega ter sido invadida e diz que está apurando o caso. Uma das explicações para indicar que o vazamento não saiu do banco de dados da Serasa é que algumas informações expostas sequer constam em seu banco de arquivos, o que invalidaria a tese de que o vazamento partiu da empresa.

Segundo o Estadão, a Psafe apontou que esses dados estão à venda no submundo da internet por US$ 100 dólares cada mil registros individuais.

Nesta quinta-feira (28), o Procon-SP notificou a Serasa Experian pedindo explicações sobre o vazamento dos dados e indicou que a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e o Código de Defesa do Consumidor preveem sanções para esse tipo de ocorrência. Segundo a instituição, as penas previstas na LGPD podem chegar até R$ 50 milhões e podem ser aplicadas a partir de agosto.

Agora, a Serasa terá três dias para responder às solicitações do Procon.