A megacidade chinesa de Guangzhou cancelou nesta quinta-feira (28) centenas de voos e ordenou testes em 5,6 milhões de pessoas depois de detectar um caso suspeito de covid-19, no momento em que o país luta contra um surdo de coronavírus.

Guangzhou, um importante polo comercial e de produção no sul da China, começou a testar quase um terço de seus 19 milhões de habitantes após detectar um resultado “anômalo” no aeroporto, onde os voos foram cancelados.

Moradores de Pequim se preparam para nova onda de covid-19

A China enfrenta o surto mais grave de coronavírus desde a primeira onda de 2020, com dezenas de mortes diárias na cidade Xangai e bairros inteiros isolados na capital Pequim, onde alguns casos foram detectados.

Com sua política de ‘covid zero’, a China impõe confinamentos, testes em larga escala e restrições de viagens para erradicar os contágios.

A estratégia enfrenta problemas com a variante mais contagiosa ômicron, que não é contida pelos controles sanitários.

As semanas de confinamento para quase todos os 26 milhões de habitantes de Xangai afetaram consideravelmente a economia chinesa.

O centro de tecnologia de Hangzhou, perto de Xangai, ordenou testes a cada 48 horas em 9,4 milhões de habitantes do centro da cidade, que tem população total de 12,2 milhões, para que estas pessoas tenham acesso a espaços públicos e meios de transportes.

“A meta é que o vírus não tenha onde se esconder ou se estabelecer”, afirmou o governo da cidade em um comunicado, o que provocou temores de mais restrições em uma cidade que abriga algumas das maiores empresas do país.

A China registrou nesta quinta-feira 11.367 novos contágios, um número pequeno para um país de 1,4 bilhão de habitantes e também em comparação com a maioria das grandes economias.

Mas isto é suficiente para deixar em alerta as autoridades do país, o primeiro a detectar o coronavírus em 2019 e que há alguns meses praticamente não registrava números expressivos de contágios.