LONDRES (Reuters) – O ex-presidente russo Dmitry Medvedev disse nesta quinta-feira que quaisquer armas no arsenal de Moscou, incluindo armas nucleares estratégicas, podem ser usadas para defender territórios incorporados pela Rússia junto à Ucrânia.

Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, afirmou que os referendos organizados por autoridades separatistas e instaladas pela Rússia em grandes áreas do território ucraniano ocupado pelos russos vão acontecer e que “não há como voltar atrás”:

+ Rússia inicia convocação para guerra na Ucrânia, alguns homens fogem

+ Rússia confirma 55 militares libertados em troca de prisioneiros com a Ucrânia

+ Limites e dúvidas sobre a mobilização parcial russa na Ucrânia

+ Donetsk realizará votação sobre adesão à Rússia entre 23 e 27 de setembro

“As repúblicas de Donbas (Donetsk e Luhansk) e outros territórios serão aceitos na Rússia.”

Medvedev disse que a proteção de todos os territórios será significativamente reforçada pelas Forças Armadas russas, acrescentando:

“A Rússia anunciou que não apenas as capacidades de mobilização, mas também quaisquer armas russas, incluindo armas nucleares estratégicas e armas baseadas em novos princípios, podem ser usadas para tal proteção”.

Espera-se que os referendos que ocorrerão nas partes controladas pela Rússia das províncias de Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia, bem como parte da província de Mykolaiv, a partir de sexta-feira, produzam resultados que endossam esmagadoramente a adesão à Rússia.

As votações, organizadas com poucos dias de antecedência sob ocupação militar, foram rotuladas como farsas por Kiev e seus aliados ocidentais.

Se forem formalmente admitidos na Federação Russa, os territórios ocupados, onde as contraofensivas ucranianas ganharam força nas últimas semanas, ficarão sob a doutrina nuclear de Moscou.

(Por Caleb Davis)

((Tradução Redação São Paulo))

REUTERS TR

tagreuters.com2022binary_LYNXMPEI8L0L1-BASEIMAGE