O Banco Central esclareceu nesta terça-feira, 19, ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, que as medidas tomadas no compulsório, por meio da Circular nº 3.867, evitam que R$ 14 bilhões retornem ao Banco Central neste fim de dezembro e, ao mesmo tempo, permitem que mais R$ 6,5 bilhões sejam liberados às instituições financeiras. Na prática, as medidas dizem respeito a um total de R$ 20,5 bilhões em recursos.

De acordo com o BC, antes de janeiro de 2017 existiam várias deduções de compulsório ligadas a programas específicos, como o Programa de Sustentação do Investimento (PSI). Naquele mês, o valor para as deduções estava em R$ 28 bilhões. Foi então que a Circular nº 3.823 determinou que esse valor seria reduzido em 50% em dezembro deste ano, em mais 30% em dezembro de 2018 e seria zerado em dezembro de 2019.

A redução de 50% das deduções em dezembro de 2017 significaria, portanto, que R$ 14 bilhões em compulsórios voltariam para o BC agora. No entanto, a circular de hoje, conforme a instituição, neutraliza este efeito e ainda libera mais R$ 6,5 bilhões em compulsórios.

Deste total de R$ 6,5 bilhões, R$ 882 milhões serão liberados para as instituições financeiras no dia 26 de dezembro. Os demais R$ 5,618 bilhões serão liberados no dia 2 de janeiro.