Médicos poderão diagnosticar demência em um dia por meio de varreduras cerebrais comandadas por inteligência artificial (IA), sugere um novo estudo.

Descobertas preliminares de testes pré-clínicos realizados pela Universidade de Cambridge, no Reino Unido, mostram que um novo algoritmo é capaz de detectar rapidamente os sinais da doença neurodegenerativa, informa o jornal britânico The Telegraph.

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Atualmente, uma pessoa é diagnosticada com demência somente após vários exames e consultas com especialistas, e o processo pode levar meses.

Os pesquisadores, citados pelo periódico, lembram que intervir mais cedo pode ajudar nos esforços para retardar a progressão da demência e garantir que os pacientes tenham mais informações sobre sua situação de forma antecipada.

O teste da IA está sendo realizado com cerca de 500 pacientes no hospital Addenbrooke, da Universidade de Cambridge, e em outras clínicas de memória em todo o Reino Unido.

A inteligência artificial compara imagens do cérebro de pessoas que podem ter demência com as de pacientes que já foram diagnosticados com a doença. Um algoritmo é usado para detectar padrões sutis nas varreduras que muitas vezes passam despercebidos até mesmo por neurologistas com experiência.

“Se intervirmos cedo, os tratamentos podem começar cedo e retardar a progressão da doença e, ao mesmo tempo, evitar mais danos. E é provável que os sintomas ocorram muito mais tarde na vida ou nunca aconteçam”, afirma Zoe Kourtzi, professora de psicologia experimental da Universidade de Cambridge, citada pelo The Telegraph.

A estimativa da Organização Mundial de Saúde (OMS) é que 50 milhões de pessoas em todo o mundo tenham algum tipo de demência. De acordo com a OMS, 70% dos casos são relacionados ao Mal de Alzheimer.