Após decisão dos médicos da rede estadual de paralisarem as atividades eletivas na próxima quinta-feira (6), a Secretaria de Saúde da Bahia informou hoje (4) que os centros de referência, ambulatórios e serviços de urgência e emergência da rede estadual “funcionarão normalmente” na data anunciada. A nota foi emitida pelo órgão após divulgação de “paralisação de advertência”, feita pelo Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia.

A recomendação dos sindicato à categoria é que suspendam consultas, procedimentos e cirurgias eletivas, remarcando para outras datas. A paralisação, no entanto, não será feita nos casos de urgência e emergência. A decisão foi tomada em assembleia dos trabalhadores, que cruzarão os braços em sinalização de uma possível greve geral, caso o governo não negocia a pauta geral de reivindicações.

Os médicos reivindicam questões como piso salarial, reajuste inflacionário, liberação de extensão de carga horária, regulamentação de adicional noturno, retomada da mesa de negociação setorial, realização de concurso público e destravamento do Plano de Carreiras, Cargos e Vencimentos. As demandas também foram elaboradas na mesma assembleia que definiu o dia de paralisações, para a próxima quinta-feira (6).

Médicos do Samu

Na capital baiana, os médicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) decidiram paralisar não somente na quinta-feira (6), mas por tempo indeterminado. Uma assembleia feita pelos profissionais decidiu que durante o período, uma equipe médica básica para atendimentos emergenciais será mantida, até que “uma eventual resposta das autoridades” seja dada.

O principal ponto que motivou a categoria a cruzar os braços, segundo o Sindicato, é que a empresa terceirizada que contrata a maioria dos médicos do Samu, faz isso “de forma abusiva, ilegal e tenta impor um modelo de contrato de Pessoa Jurídica”. Por isso, os médicos decidiram não assinar o contrato, mesmo que não tenham “abandonado o cargo”. Devido a isso, os médicos querem contratação por meio da Consolidação das Leis Trabalhistas, equiparação de piso salarial, “pagamento imediato” de salários atrasados, adequação da quantidade de médicos por equipe e melhoria nas condições de trabalho.